segunda-feira, 25 de julho de 2011

Processo

Rostos reunidos ,
Dentes a mostra e olhos bem abertos
Cada dia uma nova respiração
Que incendeia a imaginação de um sonhador.

Espelhos em todas as paredes,
Orelhas a postas,
Cada dia uma nova respiração
Que ensina o coração a ser só.

Não culparei a saudade,
Tampouco falta e o seu complemento,
Só chamo de experiência
Aquilo que engana e tarda o verdadeiro amor.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Você, mente, ações, sem querer

  Todo dia deparava-se com novos cheiros, novos olhares, novos risos e novas decepções. Assustava-se, e partia para construção do seu mundo, absorvendo o interessante e aprendendo e não repetindo o entediante do mundo deles.
  A questão era que você, rotineiramente questionava porque tantas oportunidades e sua posição quanto a elas, observando também, se o caminho tomado era realmente o certo e se concretizaria todos os sonhos de sua vida.
  Você era normal bem como todas as outras pessoas que mantinha relação, da residência aos festivais que frequentara nas tardes de domingo que lhe permitia cantar todo repertório anos 80. No entanto, sentia possuir algo a mais que a impulsionava a quebrar limites ou simplesmente criar uma nova ótica para tudo que vivera e o que seus olhos guardavam do caminho de casa até o trabalho, permitindo discordar de todas aquelas obrigações ou visualizar, por favor, sem boberba, o grande potencial adquirido por todas as vivências. E sonhava, ainda que calada, encontrando nas lágrimas o sentimento de repúdia que não exteriorizava, mesmo que as lágrimas fossem apenas imaginação e os sonhos um pouco maiores que as dúvidas.
  A mente encontrava-se em ebulição, palavras escorriam pelos neurônios e você ignorava, enquanto passava o olho nos lembretes do seu smartphone  e esperava o ônibus cheio para mais um dia de quase vida.


" O sol nas bancas de revista

Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não ? Por que não ? " (Caetano Veloso)