quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vamos esquecer um papel preto e vermelho ?


De alguma forma é importante ter paradas próprias,  fazer um ‘’pit stop’’ entre  as esquinas da rotina devido um vem e vai frequente de obrigações, um tráfego imenso de problemas, dúvidas, desejos que tornam tudo mais estressante e cansativo sem se importar com todas as conseqüências que isso trará.
Apesar de todo um ar provinciano dos seus programas não há como negar a estafa e ânsia até mesmo enquanto rola na cama e sem querer escuta o despertador, ainda é escuro e os carros começam a passear em toda sua massa cerebral. Está na hora das luzes da cidade acender e deixar tudo mais tranqüilo e ordenado possível.
Pior que quando comparada esta sua situação com outras pessoas poderá se sentir frágil e inútil graças aos resultados ou quantidade de esforços, o que é lastimável.
Parada obrigatória: Uma espécie de necessidade para quem começa a guiar-se sozinho e entender que daqui pra frente tudo será mais rápido, com gás, mais pressa.

Por isso, enquanto garantirem que ainda há uma milimétrica possibilidade de parada, eu pararei, diafragma relaxado, uma vontade de não fazer nada... Até que os carros comecem a passear de novo por toda massa cerebral e diante a necessidade extrema vir o movimento, de certo alguém que só está tentando adequar-se a tudo que permite e deseja.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

8.

Cético, ceticismo...
Descobri o que define meus dias, meus minutos.
Resolvi por um momento deixar, não me esforçar tanto ou perder a cabeça por algo tão comum e rotineiro, estarei tranquila e consciente, tenho certeza que parte do que esperava já foi feito, falta ainda é claro, mas nada que seja inadiável. E ponto. Só. Não tenho nenhuma imagem guardada na minha mente pra ser descrita, vou mergulhar em livros.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Olhar...

  Sorrir numa tarde nublada, numa cadeira há mais de três horas sentada e poder sentir a maior alegria dentre os últimos cinco dias é ligeiramente engraçado. Quando a vida ti dá superficialmente motivos para se sentir nem que seja por um só segundo com um humor pior que o normal, ela sorrateiramente ti dá mais dias e dias pra entender que tudo que existe é maravilhoso, com o tempo, tudo se encaixa, se transforma, revitaliza e talvez essas mudanças sejam a maior jogada existente no seu ciclo vital. A mudança, a vontade de querer sentir o inesperado, de viver o que está ali, ali bem na sua frente e que por um segundo idiota você deixou passar...
  Abra os olhos, observe o movimento dos seus cílios abrirem e fecharem, o brilho dos seus olhos enxergarem a melhor forma de viver, ou senão, espere as flores depois de um longo inverno...

" A manhã me socorreu com flores e aves 
Suaves, soltas, em asa azul 
Borboletas em bando 
Diz que pedra não fala 
Que dirá se falasse 
Eu, Ama? Me ama." (Djavan) 

domingo, 3 de outubro de 2010


- Andar com pedaços de papel entre as folhas de cadernos e livros que mofam na minha mochila  é a mais simples forma de guardar toda ideia que percorre meus dias, o aparecimento de medos, as soluções, as análises, as críticas. Sinto que até hoje não consigo arquivar as alegrias, a ânsia, o sorriso. Tudo bem. A melhor forma de registrá-la está no meu sorriso e no abraço apertado que dou de presente há quem provoca isso.

- Eu gosto dessa minha figura revoltada. Estar fria e observadora não significa ser ou se sentir abandonada. Esse meu olhar que esporadicamente se torna objetivo e analisador me mantém mais feliz que um sorriso largo e amarelado ao som de músicas patéticas. Deve ser os livros que leio, talvez. O importante é a minha vitória todos os dias, viver, da melhor forma possível  sem deixar de lado a vontade de caminhar firmemente sem que o mundo perceba quão insegura sou.

- Viver da má interpretação é muito pior que viver desacreditada. Ainda há uma gota a mais de esperança para chegar o inesperado do que mudar um linha de raciocínio reduntante e masoquista.

sábado, 2 de outubro de 2010

Ducha

Querer e não poder. Conviver com a necessidade e vontade insuficiente pra mudar de vida ou torná-la mais surpreendente. Vontade de correr no vento ou senti-lo pelas janelas do carro. Tudo. Nada. Desejo e mais desejos que nesse instante são inalcançáveis.
" O mundo é vão
E tudo é só um oco absurdo
Não mais me vejo assim
Tô a pé, mas chego onde vou." (Djavan)