quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O que quero deixar guardado

  Clarice em um de seus livros disse um dia que “ Vento é ira, ira é vida” e mais, afirmou que,  “ A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um ser humano."
  Concluo achando que essa busca fracassada(por sermos imperfeitos) de nos tornarmos totalmente humanos é que nos remete ao pecado da ira, visto que vivemos para essa procura. É um processo árduo . De um lado, a vida-brisa e do outro ira-calor andando juntos para fazer sentido.
  Logo, enquanto houver um sangue quente que insiste em ser frequente diante de todo episódio sem sucesso, haverá vida. É só sentir o vento que sopra depois de tudo isso. Ou nem sopra, é só um pensamento de minha busca fracassada também.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Feliz...O que ?

 Engraçado como o mundo nos propõe mudanças. Quer dizer, não sei se realmente propõe. Mas que história é essa de ano novo, vida nova ? E lá vamos nós cair mais uma vez nas garras deste planeta e com os nervos à flor da pele, abaixar a cabeça em cada reflexão, mudar o rosto em vista cada mudança, ser egoísta em cada desejo. Mas que mundo hipertenso! Pior seria se esse momento não existisse, pior seria! Mas não vale esquecer que nos acomodamos a esse momento mesmo que ainda saibamos que há tempo. Sempre há tempo. Ou não.
  Diante dessa sabe se lá estratégia fracassada do homem fico bem aqui, carne e osso e uma lista de mudanças assim como todos os outros.Que vivamos do tamanho de nossas responsabilidades!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Para um vidente

Eu odeio essa minha necessidade de escrever toda dúvida, apelo ou desagrado. Vem a vontade de  abrir logo uma página e escrever todas as palavras que começam a gritar, sussurrar ou gemer na minha mente dependendo do meu estado. Eu odeio também ter que mostrar para alguém, postar em alguma página da web. Na verdade, odeio manter esse desabafo indireto. Brincar de diário já não cola mais, portanto continuo odiando e continuo escrevendo. Boa leitura, caros amigos!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vilarejo


Convidaram-me para uns dias com árvores barulhentas e agressivas que cismavam em brigar com o vento, uma areia fina grudenta e sorrisos de inocência velozes nos corredores que de vez em quando choravam por meio segundo, mas logo vinham de bocas arreganhadas, quintais enormes com frutos no chão. Nos olhos mais cansados, havia um sorriso saudoso capaz de transformar  o coração de um ser numa lembrança pulsante de anos atrás e uma garrafa de café. Existia também,  uma mão que bate em suas costas num calor de um abraço por vê-lo mais forte e formado. Nas calçadas, jovens iguais, mas ao mesmo  tempo diferentes dos que conheço. Casas pequenas, sonhos pequenos, corações enormes e um peixe frito. Há muito o que levar de lugares assim. Uma mulher forte que o chame de meu filho ou simplesmente a conclusão de que você nunca está sozinho. Vestidos de short, blusa e chinelo todos são iguais. Divertidos por uma mesmice agradável. Riqueza única presenteada por quatro rodas.