terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vilarejo


Convidaram-me para uns dias com árvores barulhentas e agressivas que cismavam em brigar com o vento, uma areia fina grudenta e sorrisos de inocência velozes nos corredores que de vez em quando choravam por meio segundo, mas logo vinham de bocas arreganhadas, quintais enormes com frutos no chão. Nos olhos mais cansados, havia um sorriso saudoso capaz de transformar  o coração de um ser numa lembrança pulsante de anos atrás e uma garrafa de café. Existia também,  uma mão que bate em suas costas num calor de um abraço por vê-lo mais forte e formado. Nas calçadas, jovens iguais, mas ao mesmo  tempo diferentes dos que conheço. Casas pequenas, sonhos pequenos, corações enormes e um peixe frito. Há muito o que levar de lugares assim. Uma mulher forte que o chame de meu filho ou simplesmente a conclusão de que você nunca está sozinho. Vestidos de short, blusa e chinelo todos são iguais. Divertidos por uma mesmice agradável. Riqueza única presenteada por quatro rodas.

Um comentário:

  1. É, também acho que seus escritos são parecidos com os meus.
    Você me entende sem saber o que sinto. Ou talvez você saiba. Sinta o mesmo. Pense o mesmo. Tenha vivido o mesmo. Sei lá.
    Enfim, adorei. E sinceramente entendo esse lugar com jovens diferentes e corações enormes. Talvez eu tenha um pouco de você. Ou você um pouco de mim. Acho que não importa, o que importa é que suas palavras me entendem. E, para mim, isso é tudo.
    =*

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